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Fiocruz Substitui 90% de Aedes Aegypti por Espécie Modificada em Projeto-Piloto

Fiocruz Substitui 90% de Aedes Aegypti por Espécie Modificada em Projeto-Piloto

23/05/2017

    A substituição é possível quando os mosquitos são infectados com uma bactéria natural, que existe em outros insetos, e no Aedes aegypti tem a capacidade de impedir a transmissão das doenças

O projeto Eliminar a Dengue: Desafio Brasil, conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), conseguiu chegar a 90% de sucesso na substituição de mosquitos Aedes aegypti comuns por outros que não conseguem transmitir dengue, zika e chikungunya.

O projeto-piloto, que faz parte do programa internacional Eliminate Dengue: Our Challenge, liberou mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia na localidade Ponto Final, no bairro de Jurujuba, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. A bactéria é natural e existe em outros insetos, e no Aedes aegypti tem a capacidade de impedir a transmissão das doenças.

A bactéria é retirada da mosca da fruta e inoculada no ovo do Aedes aegypti para que o mosquito se desenvolva com a Wolbachia em seu organismo de forma intracelular. Os mosquitos modificados são liberados no ambiente e, com o tempo, a população de insetos é naturalmente substituída, de forma gradual, pelos que não têm condição de transmitir os vírus.  Significa que 90% dos mosquitos daquela área têm redução na capacidade de transmitir as doenças. O mosquito continua lá, mas não vai transmitir dengue, zika e chikungunya – disse o pesquisador da Fiocruz Luciano Moreira, que lidera o projeto no Brasil.

A substituição dos mosquitos ocorre com o cruzamento entre eles, segundo o pesquisador, com a transmissão da bactéria pela fêmea aos seus filhotes. 

  Para os mosquitos com Wolbachia se estabelecerem, a gente precisa que, por um tempo, a gente faça a soltura e eles vão procriando e cruzando com os mosquitos do campo e isso faz com que a bactéria seja passada para os seus descendentes e vá aumentando em número até chegar a um tempo quem que não precisa mais soltar – acrescentou.

O projeto também está sendo desenvolvido em Tubiacanga, na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro, onde, segundo Moreira, vem obtendo resultados semelhantes aos registrados em Niterói.
 Fizemos liberações de mosquitos de agosto de 2015 até janeiro do ano passado. Desde de janeiro, a gente parou de soltar mosquitos e faz o monitoramento. Toda semana vai a campo, coleta os mosquitos nas armadilhas e vê se estão positivos para a Wolbachia. A gente viu que a porcentagem foi aumentando ao longo do tempo e hoje cerca de 90% dos mosquitos estão positivos. Pensando que faz mais de 15 meses que não soltamos mosquitos ali, é um grande sucesso – destacou o pesquisador.

Jurujuba e Tubiacanga foram escolhidas para mostrar que a técnica é eficaz em diferentes ambientes. 

– Tubiacanga é mais urbana e Jurujuba tem mais floresta perto. A gente queria mostrar que os mosquitos com Wolbachia conseguiam se estabelecer em diferentes situações – disse Moreira.


   De acordo com o pesquisador, os mosquitos modificados estão sendo liberados em mais dois locais de Niterói: São Francisco e Charitas, e a ideia é expandir, em junho, para os bairros Cafubá, Jacaré, Jardim Ibuí, Piratininga, Santo Antônio e Camboinhas, na região oceânica do município. Pelos cálculos da Fiocruz, a iniciativa ajudará a proteger mais 32 mil habitantes dessas doenças.

Para o segundo semestre, a intenção é espalhar os mosquitos em mais áreas da Ilha do Governador, chegando também a outros bairros do Rio, que ainda serão escolhidos. De acordo com o pesquisador, devem ser beneficiados mais de dois milhões de habitantes. 

Tudo é feito juntamente aos municípios. A gente tem parceria com as secretarias e o plano é feito em comum acordo pensando também na incidência de dengue, na presença de mosquitos, o processo que ocorre na cidade e na cobertura do Programa de Saúde da Família – afirma.

Segundo a Fiocruz, o protocolo da fase de expansão do projeto no Brasil foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) após rigorosa avaliação sobre a segurança para a saúde e para o meio ambiente.

O projeto tem apoio do Ministério da Saúde e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, com contrapartida da Fiocruz. Cabe às secretarias de Saúde de Niterói e do Rio de Janeiro, como parceiros, fornecer pessoal e logística. O projeto também tem recursos internacionais da Fundação Bill & Melinda Gates, via Universidade Monash (Austrália), e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

                                                                                                                Fonte: ZH Vida e Estilo 

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