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Falta de higiene favorece as pragas nas cidades

Falta de higiene favorece as pragas nas cidades

17/05/2015

Quatro elementos definem a causa, manutenção e proliferação de pragas também por insetos do ambiente urbano, como o excesso de alimentos

Pra começar esta matéria acertando “na mosca”, sem trocadilho, a definição mais objetiva é: praga urbana por inseto é sinônimo de falta de higiene humana. Ao pé da letra é isso que repetem todos os especialistas e agentes públicos sanitários que lidam com o aumento da população de mosquitos, baratas, escorpiões, ratos e outros.

Além dos frequentadores habituais nas casas - como baratas e roedores -, a falta de higiene associada à abundância de alimento tem contribuído para a visita de “novos moradores”, como os mosquitinhos de fruta e de banheiro. Mas estes também passaram a ser presença comum em quintais, onde fezes de animais “chamam” para o banquete diário.

Segundo o Instituto Biológico de São Paulo, o mais especializado do País no setor, a explicação para a evolução dos casos e das complicações está associada aos quatro “As”. “Água, abrigo, acesso e alimento formam as condições adequadas para o surgimento das pragas, somada a facilidade em reprodução em maior frequência e velocidade, sobretudo em períodos de temperaturas mais altas, onde a oferta de água e alimento é maior”, aponta estudo enviado pela assessoria de imprensa do órgão. O Instituto Biológico (IB) é ligado à Agência Paulista de Tecnologia Agrícola (Apta).

Mas se você está considerando que o inverno vai tirar esses “bichinhos” de sua casa, engana-se. A oferta de alimento continua abundante e, no Centro do Estado de São Paulo, é curto o período de frios com maior intensidade.

É fato, entretanto, que nos períodos de calor a situação piora. Daí a explicação para a maior proliferação de mosquitos e pernilongos nos longos períodos de estiagem. Eles se reproduzem na água, nela põem ovos e por lá larvas e pupas se desenvolvem.

Nos períodos chuvosos a multiplicação é ainda maior, ainda que o ser humano, novamente, contribua com fartura para o aparecimento de epidemias por manter uma série de locais com acúmulo de água durante o ano todo: caixas d’água, ralos e piscinas não cuidadas. Com as chuvas, a ausência de manutenção em calhas e a não eliminação de pneus, latas e vasos com água limpa gera criadouros “naturais” de mosquitos.

Segundo a Divisão de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde em Bauru as pragas mais comuns na cidade são de roedores, baratas, mosquitos, escorpiões e mosquitos. No último caso, notadamente o mosquito transmissor da dengue é o que tem causado mais preocupação na população (Aedes aegypti), em razão dos efeitos da doença, inclusive com óbitos.

“Com certeza os fatores determinantes na disseminação e incremento de índices de infestação das pragas são a falta de higiene, por comportamento inadequado da população na manipulação de alimentos e pela cultura do descarte irregular do lixo, doméstico ou não”, confirma o setor. As questões formuladas pelo JC foram coordenadas pelo médico Mário Ramos, integrante do Centro de Controle de Zoonoses.

Falta de higiene humana é, de outro lado, fator desagregador de qualquer política pública de saúde, explicam os especialistas consultados. Isso porque o poder público, a despeito de suas deficiências no combate e na resolutividade e aplicação de ações preventivas e educacionais, não consegue reverter o quadro em razão da manutenção em escala da origem do problema: a falta de higiene e limpeza por parte das pessoas.

“A falta de higiene e limpeza proporciona, associada a maus hábitos pelos usuários, mais oferta de alimentos às pragas. Isso associado à falta de organização ambiental nas instalações, como a presença de entulhos, restos de materiais de construção e até mesmo arquitetura inadequada do imóvel – o que favorece oferta de abrigo fácil á fauna sinantrópica – ampliam o efeito das pragas”.

Tanto a equipe da Divisão de Vigilância quanto do Instituto Biológico define que para o controle da praga é fundamental o conhecimento de sua biologia e hábito e a delimitação de ação estratégica para inibir e minimizar as causas.

Saída é combate aos quatro erros

Não tem jeito, qualquer abordagem para atacar as pragas urbanas por insetos recai sobre evitar “abrigo, acesso, alimento e água” para os bichinhos.

“A presença de abrigos temporários ou permanentes depende da higiene em frestas, cantinhos, canaletas, lugares onde a limpeza não é tão frequente. Além disso, o combate também depende de impedir o acesso das pragas às instalações combinado com a não oferta de alimentos. Com isso as infestações diminuem e, rapidamente, podem ser eliminadas”, elenca a Divisão da Vigilância Ambiental da Prefeitura.

No âmbito de estudos, as ações são denominadas de Controle Integrado de Pragas. Segundo Francisco José Zorzenon, pesquisador do IB, para cada praga há um protocolo específico de ação que deve ser seguido. “Quanto mais fatores essenciais forem supridos menores as chances de elas se estabelecerem. Mas o controle ou o tratamento da praga é diferente para cada caso. Não existe inseticida ou produto para controlar que sirva para todas elas”, menciona.

Para ter acesso a cada protocolo, o Instituto Biológico disponibiliza contato eletrônico (http://www.biologico.sp.gov.br), aponta a assessoria de imprensa da Apta. Segundo a assessoria, o Instituto recebe anualmente mais de mil consultas sobre pragas urbanas. Elas são respondidas pelos pesquisadores da Unidade Laboratorial de Referência em Pragas Urbanas, cujo diretor é Francisco Zorzenon.

E o fumacê

Muitos moradores questionaram por que a Secretaria de Saúde não realiza mais o antigo serviço de pulverização coletivo, por bairro e entre quarteirões, para matar ou espantar o transmissor da dengue.

Ambientalista, o prefeito Rodrigo Agostinho comenta a situação. “A questão é que o mosquito foi ficando resistente a seguidas dosagens do veneno diluído em água e os municípios foram aumentando a dosagem. Até que chegou-se a um ponto em que a pulverização poderia significar riscos à saúde humana”.

Segundo ele, com dosagens elevadas por litro de água na mistura do veneno, os mosquitos sobreviventes à pulverização se procriaram, gerando uma geração inteira mais resistente. “Para reverter esse quadro, o fumacê está sendo utilizado para ações dirigidas, e não em grandes áreas”, finaliza.

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